Pessach – Celebrando a liberdade

Dizem os rabinos que, trinta dias antes das três Festas de Peregrinação, iniciamos o estudos de suas leis e costumes, uma vez que estes são bastante complexos.

Pessach celebra a libertação dos Filhos de Israel. Após 210 anos de total escravidão, um grupo de pessoas que, até então, estavam unidas apenas pela fidelidade em um mesmo Elohim, recebem, finalmente, sobre si, a responsabilidade de guiar seus passos, reger seu destino. O dia 15 de Nissan marca a cristalização de uma crença; a constituição de um povo que, por milênios afora, faria e ainda faz com que seu nome, sua voz e, principalmente, seu ideal, fossem ouvidos, respeitados e admirados.

Pessach traz consigo, inicialmente, a mensagem universal de que a liberdade não pode ser privada do ser humano. Não obstante, denota a importância do equilíbrio social como o sustentáculo da manutenção da liberdade.

Na noite do Seder, somos todos iguais: pobres ou ricos; idosos ou jovens; homens ou mulheres. Todos estamos revivendo aquele episódio trágico, mas que trouxe a toda nossa nação uma alegria  sem fim. Nossas diferenças pessoais são esquecidas e o que prevalece é nosso ponto em comum: somos judeus!

Mesmo o mais pobre, aquele que vive da caridade, deve, na noite de Pessach, sentir-se como se ele próprio tivesse estado tivesse sido redimido do Egito, como dizemos:

"Em toda geração, cada pessoa deve sentir-se como se ela própria tivesse saído do Egito" (texto da Hagadá).

Pessach só é motivo de festa se nos lembrarmos da nossa situação, quando ainda estávamos no "Egito", escravizados, oprimidos, carentes, almejando por nossa libertação. Pois nós hoje somos um povo livre.
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