Pessach Quatro nomes de uma mesma Festa

Pessach é conhecido por quatro nomes:

Chag HaPessach – Pessach literalmente é uma alusão ao sacrifício feito pelos cativos no Egito antes da última praga. Foi em função do sacrifício de um cordeiro (ou cabrito) que as famílias foram protegidas da praga que matou os primogênitos no Egito. Pois HaShem livrou (passach) as casas que tinham a marca com o sangue do sacrifício, e por isso o sacrifício e a festa foram chamados de Pessach. Tal sacrifício foi proibido juntamente com os demais quando o Segundo Templo foi destruído pelos romanos no primeiro século E.C.

Chag HaMatzot – A Festa dos Pães sem fermento. "Comereis pão sem fermento durante sete dias..." (Êxodo 12:15). Revivemos a pressa em fugir do Egito, não dando tempo para a massa fermentar. Durante os dias da Festa, alimentamo-nos com pães assados unicamente de água e trigo. Em hebraico há uma forte relação entre as palavras matzot (pães sem fermento) e mitzvot (os mandamentos da Torá). Em outras palavras, somos encorajados a abandonar o nosso ego inflado, representado pelo fermento, a fim de nos apegarmos a vontade divina (mitzvot), representado pelas matzot.

Chag HaAviv - A Festa da Primavera. A vida começa a brotar no hemisfério Norte nesta época. Com ela, renovam-se nossas esperanças de uma vida melhor a todos. Pessach, segundo a Torá, deve ser celebrado justamente neste tempo tão propício a reflexão. Por isso, em função da diferença entre os meses do calendário judaico (que são lunares) e o ano solar, a cada dois ou três anos, um mês é adicionado ao calendário judaico, a fim de reorganizar o calendário, pois os dias a menos do calendário lunar acarretaria, com o passar dos anos, em um distanciamento de Pessach da Primavera.

Zeman Cherutênu – A Época da nossa Liberdade. Pessach é encarada como a “Época da Liberdade”, mas não apenas do Egito. Nossos sábios ressaltaram que Pessach como a primeira Redenção, um modelo para a completa e eterna Redenção. Estes sábios acreditavam piamente que o padrão de exílio e Redenção estabelecido naquela época serve como padrão de todos os exílios e Redenções do povo judeu, especialmente da Redenção final. Eles não conjecturaram, mas chegaram a essa conclusão por meio da simples interpretação das Escrituras.
Compartilhar Post:

Posts relacionados